sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Bom dia primatas!

Os micos que ficaram sumidos um tempo e em menores números em outro, agora estão com um bando bem organizado. Descendo para tratar das aves e suínos, pude ouvir seus assovios quando Espuleta à minha frente ia. Eles davam o sinal de movimento de predadores... Os que estavam mais perto de nós se afastavam furtivamente, os mais distantes observavam e assoviavam, um deles permaneceu no mesmo lugar e aguardou todos se afastarem. Eu descia o morro e os que foram também nesse sentido tiveram que ir se afastando ainda mais. Interferi no ambiente deles, mas tentei não oferecer ameaça e ser rápido para que pudesse sair o quanto antes da mata. Já pensei em oferecer alimento a eles deixando frutas e outros até mesmo para os tucanos, mas prefiro não enquanto eles tiverem disponível na natureza. (Espuleta já pegou micos segundo Sr. Geraldo, meu pai confirmou certa vez.) Eles não gostaram muito da minha presença, acredito que sabem sobre distância segura e outros medos como diz Temple Grandin sobre os trabalhos da psicóloga Susan Mineka, ‘Macacos criados na selva se recusam até mesmo a olhar para cobras. A aversão do macaco criado solto à presença de uma cobra chega a esse ponto.’ Saí da mata e não os vi mais por hoje, os ouvi algumas vezes.

No galinheiro os primeiros que quiseram sair foram os dois galos mais jovens, assim permitindo, aproveitei e apanhei outro jovem grande e o coloquei fora do galinheiro, faltava então apenas o outro, ‘a cara do pai’ para que o pai ficasse sozinho com as galinhas. Quero adotar esse manejo para que o ambiente fique mais tranqüilo sem competição dos machos e para que não haja falha de cobertura a fim de atingir 100% de ovos férteis. Entre galinhas e frangas no manejo de as soltar durante o dia estou recolhendo apenas três ovos em média dentro do galinheiro, achando outros ao redor da área ou ovos de cama. Ás vezes quentes, ás vezes frios. Meu pai os recolhe e leva para a chocadeira em casa.

Biagio como esperado por mim, está se comportando bem com os filhotes de Espuleta. Continua sem entrar no quartinho e hoje pela manhã teve contato com eles enquanto os levei para um banho de sol para limpar a área que estavam. Um dos filhotes manchados de branco (são três filhotes com a pelagem de Espuleta – pretos com manchas brancas e outros três brancos com manchas pretas) desceu as escadas ficando na área e choramingou estranhando o ambiente, cheiro, aspecto e Biagio que o cheirava. Peguei o filhote e o devolvi para o ninho. Agora à noite tocando um sapo pra fora de casa Biagio veio e o pegou com a boca. Fiz o som de chamar atenção (ptiz) e ele o largou. Em segundos apresentou sialorréia(excesso de produção de saliva) e posicionou a cabeça para o chão para que com a língua de alguma forma fizesse o gosto sair. O sapo deve ter excretado algo em sua boca. O chamei até a torneira e comecei a lavar sua boca por fora retirando a baba até que ele depois lavou a boca com água a devolvendo para o chão com a língua. Ofereci dois pedaços de carvão vegetal e ele os mastigou, voltou ao saco e deu mais bocadas. Na ausência de carvão ativado em sache, produto comercial de uso veterinário para certas situações, os pedaços de carvão já salvaram também Samantha(Boxer que doamos para a família Afeitos de Miranda) uma vez que Tia Rosana viu que Samantha havia se intoxicado com piretróide(carrapaticida). Biagio, Espuleta e a ninhada dormem agora tranquilamente.

A ovelha e sua cria passaram a manhã inteira na área recém covada para plantio de jiló e mandioca onde nascem brotos de diversos sabores... O filhote sonorizou quando estava deitado e percebeu sua mãe um pouco afastada, não passavam de três metros, mas talvez o tenha feito sentir insegurança.

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