terça-feira, 2 de março de 2010

Aprender através da observação

A isso se chama aprendizado por observação, e no que se refere aos medos evolutivos, assim como a muitas outras áreas do aprendizado, animais e pessoas aprendem observando o que outros animais e pessoas fazem, não realizando algo por conta própria e aprendendo com as conseqüências. Temple Grandin et. Al.

Cito este trecho do livro a fim de elucidar minha opinião perante comportamento e bem-estar animal. São necessários ainda mais estudos e pesquisas, mas sem grande tempo dedicado ao simples fato de observar os animais em seus meios, não haveriam padrões de comportamento e assim diagnósticos de movimentos estereotipados ou outros. Os humanos aprendem uns com outros, manias, gírias e por aí vai, assim como os animais também ensinam às vezes até sem a intenção disso em comportamentos não necessários a sobrevivência.

O fato percebido por mim com os irmãos Beatrice e Biagio, cães próximos de completar dois anos e criados até cerca de seis meses com os pais e hoje em dia separados do pai (falecido) e da mãe, juntos os dois com exceção a época de cio, é que ambos aprenderam algo com os pais e um com outro. Já citei anteriormente o fato de ficarem se coçando em plantas, como se os vegetais os acariciassem com texturas, formas e cheiros diferentes. De comportamento aprendido com o pai Iago que tinha essa curiosa mania. Comprovo que tal comportamento foi aprendido com o pai, pois Verena nunca demonstrou esse tipo de comportamento e os filhotes não tiveram contato com outros cães que o apresentassem, no caso Espuleta que é com quem convivem. Esse aprendizado de pai pra filhos ou entre irmãos, uma vez que Biagio o manifestou de forma primária e Beatrice posteriormente não sabendo eu se ela aprendeu com o pai ou com o irmão, o fato é que manifestou mais tardiamente. Já de irmão pra irmão, Biagio aprendeu com Beatrice a morder os lábios. Beatrice sempre foi mais ativa, atirada, agitada e por isso recebeu uma educação mais marcante devido ao número de artes que produz. (Uma da arte foi destruir por completo um bonsai que cultivava e que foi replantado por sua causa umas três vezes, mas ele não resistiu as investidas dos caninos dela). O que ocorre é que, quando retiro os objetos de sua boca, ela com a boca ‘vazia’ então faz um movimento com a cabeça jogando o lábio esquerdo superior para dentro da boca e o segurando com os caninos. Acredito que por ansiedade, insegurança ou até medo, é como se fosse um humano nervoso mordiscando os lábios ou comendo unhas. Biagio agora está também apresentando tal comportamento. A raça tem lábios pronunciados e tal fato é facilitador. Ao retirar o lábio dos caninos com a mão, de forma fácil indicando que eles não o fazem com força e, portanto não se machucam, normalmente eles voltam a fazer o movimento quando não os ofereço algum objeto que possam brincar. Mas soltos no sítio e com tantas opções é comum achar ‘corpos estranhos’ nas fezes de Biagio principalmente.

A novilha com parte do sangue nelore apresentou comportamento defensivo/agressivo na manhã de domingo, quando eu ia com baldes enchendo os cochos de água na sua frente sonorizando com o nariz e baixando a cabeça em posição de guarda e provável ataque. Mesmo sem movimentos bruscos ou de ameaça, ela o fez durante os cinco primeiros baldes no total de doze, por exemplo.

Com os galos jovens fora do galinheiro ‘o galo pai’ parece cantar com mais segurança, tranqüilidade, confiança e vontade. O número de ovos ainda não aumentou mas o manejo continua sendo seguido. Dois pintinhos morreram hoje, um que nasceu com problema ortopédico na região do ‘joelho’ e um outro aparentemente normal. As águas de março fechando o verão esfriaram o ambiente e baixaram suas imunidades creio eu os tornando mais susceptíveis.

O casal de peixes que vem ‘populando’ a caixa d’água no caminho para o curral, com água de coloração normal de lagoa e etc, foi retirado por mim este final de semana e transferido para outro tanque menor de azulejos brancos e água limpa da cisterna. Não sei se a apanha ou o ambiente ‘clean’ o fizeram ficar parados no mesmo lugar por mais de 24 horas do lado onde a parede era mais alta, acredito que por segurança. Com pesar e repensando o feito os devolvi para seu ambiente anterior e família.

Chuvas, tanques, lagoas, caixas d’água, manilhas, peixes, piscicultura, aquarismo...

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