domingo, 17 de janeiro de 2010

Na língua dos bichos?


As aves caipiras quando soltas, vem de encontro no meio do caminho, hoje sem fazer barulho a não ser o dos passos, notei que elas tem bons ouvidos... Nem as via quando de repente o bando começou a se formar e sair do meio da mata em minha direção. Devoraram os grãos de milho enquanto eu tratava os porcos, Beatrice e Biagio me seguiam. Não sei se por estar com visitas, som ligado ou ambiente diferente pra elas, senti falta, pois não vieram até ao redor da casa, apenas os patos, que ficam mais perto na lagoa. Ontem, quando levava os caprinos ovinos para as baias, uma siriema passou correndo no campo, fugindo do movimento e a outra ficou sem saída no piquete mais fechado, a vi correndo de um lado pro outro buscando sua fuga até que pegou velocidade e em um pulo e algumas batidas de asas se livrou do cerco. Apenas dois tucanos deram o ar da graça no final da tarde quando ainda estava na piscina, pousou a uns dez metros ao lado do fícus em outra árvore que ainda não sei o nome, mas que é natural daqui. Permaneceu por um tempo, bicou algumas sementes eu acho e voou para a mata quando um segundo também apareceu saido não sei de onde. Passado setembro e primavera o número de tucanos que tenho visto, vem naturalmente diminuindo, hoje não os vi.

Agora o mais intrigante de mais essa prazerosa convivência com os animais 'não racionais'(?) no dia de hoje foi Xapuri. Pela manhã após tratar de todos, ele veio pastar a grama aqui aos redores... Antes das visitas chegarem por volta de meio dia, o toquei para o lado de lá da porteira, pra ele não sair, evitar riscos com os convidados apesar de sua docilidade, enfim, o fato é que este foi se conduzindo. Ao passar em frente ao canil os cães latiram e ele trotou e deu aquela balançada de cabeça que ele dá quando me vê indo levar ração, por exemplo, e seguiu, parou na porteira aberta com o terço posterior do corpo de modo que a porteira não fechasse, o toquei novamente com o sonoro para continuar andando e fechar a porteira e ele liberou a passagem. Puxando a porteira pra fechá-la ele me deu um susto, ou se assustou com algo ou quis mesmo só fazer um charme dando um giro rápido de 180 graus e se voltando de frente pra porteira, pareceu até aquela manobra que os cavalos treinados em rédeas fazem (spin). Bom, o dia seguiu e por volta das seis fui tratá-lo novamente e aos demais como sempre, coloquei a ração dele no coxo, desejei boa noite e disse para que ele depois fosse pastar a grama da casa de baixo... Sete e meia da noite vendo o por do sol com os amigos um deles disse: - Uai, olha o cavalo lá embaixo, como ele foi parar lá? Respondi que ele também gosta da grama da casa de baixo, mas fiquei com uma emoção, sensação, impressão ou vontade de achar que ele tenha me entendido. Converso com todos ‘dentro do possível’, mas fato como esse só acontecia quando com os cães eu falo canil e estes vão. Acho que vou ‘conversar’ mais... risos


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